Em janeiro de 2018, foi aprovado pelo Congresso Nacional o Dia Nacional da Agroecologia, a ser comemorado anualmente em 3 de outubro. O Projeto de Lei nasceu em 2013 e visa, além de chamar a atenção para a importância da agroecologia na saúde da sociedade e do meio ambiente, homenagear o nascimento, em 1920, da engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi, pioneira nos estudos sobre manejo ecológico do solo, agroecologia e agricultura orgânica. Além disso, também foi criado o Prêmio Nacional da Agroecologia Ana Primavesi, que vai premiar iniciativas ligadas ao tema.
A agroecologia, por definição, é uma prática agrícola cuja prioridade é a utilização dos recursos naturais com mais respeito e consciência, com a manutenção do que a natureza oferece ao longo do processo produtivo, desde o cultivo até a circulação dos produtos. Além de ter importância social por, no geral, envolver agricultores familiares e outras organizações produtivas cuja renda é baseada no cultivo de alimentos, essa opção sustentável conserva a biodiversidade e mantém a produtividade da terra, diferente do modo tradicional de agricultura, utilizado em larga escala pelo agronegócio, e que é nocivo ao meio ambiente a longo prazo.
Na prática agroecológica, é dispensado o uso de agrotóxicos e adubos químicos solúveis pois esses produtos geram contaminação não só dos alimentos, como do solo, prejudicando seres humanos e animais. Na agroecologia, assim como defende Primavesi, todos os elementos e formas de vida do ciclo da agricultura têm importância e o solo é visto como um organismo vivo.
Um dos focos do Desafio Conexsus é auxiliar no desenvolvimento de negócios comunitários sustentáveis que utilizam a prática. Quase metade dos 1.040 empreendimentos cadastrados (531) no Panorama dos Negócios Comunitários do Brasil têm a agroecologia como uma das bases de sua produção. Investir em organizações produtivas que prezam pela agroecologia é uma forma de incentivar tanto a produção e o consumo saudável de alimentos como o crescimento desses negócios.