Conexsus firma acordo de parceria com o Banco do Brasil para apoiar pequenas organizações e produtores rurais no acesso ao crédito

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Durante evento em Belém (PA), Conexsus firmou acordo de parceria com o Banco do Brasil. Fotos: @guisampaiofotografia

 

O fortalecimento da bioeconomia na Amazônia, com soluções e propostas de modelos de financiamento inovadores e agregação de valor socioambiental, foram os principais  temas debatidos no workshop “Impulsionando a Sociobioeconomia da Amazônia”, organizado pelo Instituto Clima e Sociedade e Banco do Brasil no Mangal das Garças, em Belém (PA), nos dias 18 e 19 de abril. 

O encontro reuniu autoridades públicas, representantes de organizações e iniciativas da Amazônia para dialogar a respeito de alavancagem de investimentos, ecossistemas de negócios e estruturação de cadeias de valor da sociobioeconomia na região Amazônica.

A diretora executiva da Conexsus, Barbara Brakarz, contribuiu como painelista do evento discutindo o tema “De desafios a soluções: como construir uma agenda para alavancar a sociobioeconomia no Brasil”. O painel contou com a mediação do Gerente Executivo de Finanças Sustentáveis do Banco do Brasil, Henrique Vasconcellos e participação de Paulo Lima, Gerente do Programa Amazônia, Solidaridad Brasil; André Aquino, Diretor de Fomento Florestal do Serviço Florestal Brasileiro e Gabriela Souza,  Líder de Operações AMAZ Aceleradora de Impacto.

 

 

Diretora executiva da Conexsus, Barbara Brakarz, durante painel “De desafios a soluções: como construir uma agenda para alavancar a sociobioeconomia no Brasil”.

Durante o evento a Conexsus firmou acordo de parceria com o Banco do Brasil  para apoiar o acesso ao crédito para pequenas organizações e produtores rurais. “O acordo firmado  com o Banco do  Brasil significa dizer que vamos poder atingir com o nosso trabalho um grupo maior de produtores e negócios de impacto socioambiental que desejam crescer. Com esse acordo vamos poder atuar em espaços diversos. É de fato uma oportunidade de levarmos para outros territórios o melhor da Conexsus: nossa abordagem de facilitação, de assessoria na gestão dos projetos e apoio no acesso ao crédito que é fundamental, contribuindo para que essas cooperativas, associações e pequenas empresas de impacto alcancem seus objetivos”, destaca Barbara. 

“A Conexsus traz soluções com novas abordagens, metodologias, ferramentas e o constante aprimoramento da assessoria, de acordo com as experiências de campo, com a escuta dos negócios comunitários, para ir adequando as necessidades que existem. Uma das questões que percebemos é a necessidade de ampliar o olhar e trabalhar na ativação de ecossistemas e não a partir de cada negócio isoladamente. Isso inclui, por exemplo, a assessoria com a introdução da inteligência de mercado para ampliar as possibilidades de comercialização e qualificação da produção, a partir da maturidade de cada negócio, buscando soluções em rede”, complementa a diretora executiva da Conexsus.

O acordo de parceria vai possibilitar acesso ao crédito para negócios de impacto socioambiental.

Em matéria publicada pelo Diário Online (DOL),  a secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Carina Pimenta, destacou que o evento permitiu alinhar o diálogo entre formuladores de políticas públicas e instituições de pesquisa. “A importância de debater a sociobieconomia na Amazônia é debater o futuro da Amazônia. Então, para nós é bastante importante que esse debate ocorra aqui com os atores que estão trabalhando localmente, sobretudo no Pará, que tem tido uma agenda bastante importante nesse tema, e envolver povos, comunidades tradicionais, comunidades indígenas e também os nossos empreendedores, porque existe um grupo enorme de pessoas buscando empreender, criar novos negócios que se relacionam com as cadeias da SocioBio e que também sofrem grandes desafios”, avalia.

“Para nós é fundamental a gente escutar e participar dessas discussões. Elas inspiram e ajudam a gente na construção da política pública e dos diferentes instrumentos que podem ajudar o Pará e a Amazônia a implementar a SocioBio da melhor forma possível”, acrescenta.

Carina Pimenta também destacou a importância da parceria com o Banco do Brasil firmada durante o evento. “Nós estamos assinando hoje com o Banco do Brasil um termo de cooperação técnica para apoiar o banco, para a gente cooperar com o banco na ampliação das estratégias de distribuição do crédito. O banco tem uma capilaridade já muito reconhecida para várias cadeias do agronegócio, mas para a bioeconomia nós precisamos trabalhar as especificidades e uma estrutura dedicada. Então o ministério tem trabalhado com o banco no sentido de como que a gente cria essas estruturas que não são apenas de concessão de crédito, mas de assessoria aos associações, as cooperativas e os empreendimentos”, apresenta.

Também em matéria publicada pelo DOL, o gerente geral da Unidade de ASG do Banco do Brasil, Gabriel Santamaria, pontuou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), captou 250 milhões de dólares para investir em bioeconomia. “O banco hoje já tem 1 bilhão de reais investido em bioeconomia na região da Amazônia Legal, olhando para 40 culturas. Como cacau, castanhas, andiroba, entre outros produtos locais. A ideia é que a gente consiga criar modelos para impulsionar esse tema, seja na assessoria técnica, em oferecer condições negociais diferenciadas para esse público. Mas também entender a realidade da bioeconomia. Vamos ter um time especializado para impulsionar essa frente”, anunciou.

Durante o evento o Instituto Clima e Sociedade (iCS) apresentou o documento que traz desafios e recomendações de avanço em diferentes áreas de Soluções Baseadas na Natureza (SbN), como por exemplo a Bioeconomia. Trata-se da consolidação dos resultados do encontro “Destravando o potencial das Soluções Baseadas na Natureza”, produzido em colaboração com o Ministério da Fazenda em novembro de 2023, em São Paulo. O instituto também firmou acordo de parceria técnica com o Banco do Brasil.