Evento ocorreu no dia 23 de novembro, em Portel, e contou a presença do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco da Amazônia, Embrapa, Cooperativa Manejaí e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Essa semana a Conexsus desembarcou no município de Portel, na ilha do Marajó, no Pará, para promover a solenidade de assinaturas de contratos de crédito do Pronaf destinados ao Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos no Marajó. O evento foi realizado em parceria com o Banco da Amazônia (BASA), e contou com a presença de representantes do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), GIZ, Embrapa, Cooperativa Manejaí e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Desde julho de 2022, com o apoio dos ativadores locais da CrediAmbiental da Conexsus, cerca de 300 famílias portelenses acessaram o crédito no âmbito do Pronaf B, apoiando a agricultura familiar em quase R$ 1 milhão e fortalecendo a sociobioeconomia no país.
Para José Henrique Silva, Diretor de Financiamento, Proteção e Apoio à Inclusão Produtiva do MDA, o crédito aplicado para o manejo de mínimo impacto dos açaizais nativos, além de manter a floresta em pé, aumenta a produtividade e melhora a vida da comunidade: “A união desses esforços: Conexsus, o BASA e os agricultores familiares, faz com que o crédito chegue a mais agricultores familiares, particularmente com produtos da sociobiodiversidade, estimulando a produção sustentável e o crédito rural no âmbito do PRONAF, cumprindo bem esse papel”, afirma.
O líder da CrediAmbiental, Fernando Moretti, explica a importância do acesso ao crédito nas comunidades: “Ao longo desse ano foram quase 300 contratos assiandos. Destes, a maioria – quase 100%, estão acessando essa política pública pela primeira vez. Grande parte, quase metade, são mulheres que estão acessando esse crédito para fazer o manejo de mínimo impacto dos açaizais nativos, que aumenta a produtividade do açaizal, ao mesmo tempo que conserva a biodiversidade aqui do Marajó, tão importante para a Amazônia, para o Brasil e para o mundo”.
De acordo com Manoel Piedade, Gerente Executivo de Pessoa Física do Banco da Amazônia (BASA), a parceria entre a Conexsus e o BASA oportuniza não só o acesso ao crédito por parte dos ribeirinhos da região como “Torna as comunidades e pessoas mais dignas, gerando emprego e renda para suas famílias”.
Para Graça Corrêa, Presidente da Cooperativa Manejaí, o fortalecimento é primordial para que se tenha uma sociedade equilibrada e mais justa: “As famílias daqui sempre estiveram invisíveis no acesso ao crédito e às políticas públicas, mas, hoje, graças à parceria com a Conexsus e com o Banco da Amazônia, assinamos mais 20 créditos que deu impulso maior nas vidas da comunidade”.
Graça explica ainda que muitos agricultores acessaram o crédito pela primeira vez e, através dessa política de assistência técnica, de educação financeira e educação ambiental, o crédito – além da parte financeira, também fortalece o equilíbrio ambiental: “A gente busca fortalecer ainda mais a sociobioeconomia, a manutenção da biodiversidade e esse controle ambiental através do manejo do mínimo impacto, mas também aumentando a produtividade, gerando trabalho e renda, além da inclusão das crianças, dos adolescentes, da juventude, das mulheres e da família como um todo”.
CREDIAMBIENTAL
A CrediAmbiental, rede de ativadores socioambiental da Conexsus, é um programa que integra as abordagens de acesso a financiamento para os Negócios Comunitários e seus associados/cooperados. A Rede de Ativadores de Crédito da parceria Conexsus e Banco da Amazônia é inovadora porque é constituída por técnicos dos próprios territórios, vinculados aos Negócios Comunitários, prioriza as ações de educação financeira, gênero, melhoria do processo produtivo e utilização correta dos recursos dos financiamentos do Grupo “B” e de custeio agrícola do Pronaf, para o destravamento do crédito para as cadeias da sóciobioeconomia.
Esses profissionais, por sua vez, assessoram as famílias dos cooperados e dos territórios, com orientações técnicas para manejo e produção sustentáveis, diagnósticos das unidades de produção familiares e elaboração de projetos de crédito; e fazem o trabalho de educação financeira e acompanhamento da sua execução, garantindo a boa utilização do crédito e a adimplência.