A última oficina da iniciativa ocorreu em Belém, no Pará, com 16 organizações comunitárias da Ilha do Marajó
Na última semana, a Conexsus realizou a última oficina da iniciativa Amazônia em Conexões em Belém, no Pará. Essa foi a segunda rodada de oficinas que tem como objetivo mapear as soluções e parcerias acessadas pelos Negócios Comunitários em diferentes ecossistemas regionais, bem como conceber coletivamente agendas regionais de ativação destes ecossistemas.
Ao longo de 2023, a Conexsus esteve em 5 regiões da Amazônia, promovendo a iniciativa junto a 56 negócios comunitários. Foram realizadas duas rodadas de oficinas, sendo a primeira dedicada ao mapeamento dos parceiros, serviços e soluções acessados pelos negócios comunitários, ao passo que a segunda rodada esteve direcionada à construção coletiva e intersetorial de agendas regionais de ativação de ecossistemas. As ações da iniciativa ocorreram nos territórios do Baixo Tocantins, Baixo Tapajó, Médio Juruá, Baixo Juruá, Ilha do Marajó e Médio Xingu.
“Essas oficinas tem o objetivo de, junto com os negócios e com as entidades, construir uma agenda com as principais soluções e parcerias que precisam ser ativadas em cada um desses territórios, olhando ali a realidade e o contexto do local/regional dessas organizações comunitárias, das atividades econômicas que eles implementam, das cadeias produtivas com os quais eles trabalham”, explica Pedro Frizo, Líder de Negócios Comunitários e Ecossistemas Regionais da Conexsus.
O objetivo da “Amazônia em Conexões” é mobilizar negócios comunitários e atores locais e regionais para o desenho e proposição de soluções que contribuam para a ativação dos ecossistemas regionais de negócios. “Quais as principais soluções, principais redes de cooperação, principais serviços que precisam ser ativados, melhorados ou estruturados nesses diferentes territórios para que nesses espaços haja um ambiente mais favorável ao desenvolvimento de negócios comunitários”, destaca Pedro.
Para Sander Luyz Reis dos Santos, da Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Setor Moju e Região (Coopam – Gurupá), a parceria com a Conexsus é uma grande oportunidade de conhecimento e apoio para as organizações comunitárias: “A gente teve noção de gestão nesse encontro, a questão financeira, gestão de pessoas, organizar atividades coletivas. A gente conseguiu ter essa visão do externo: quem são essas pessoas e instituições externas que podem nos ajudar enquanto organização. Então, para mim, foi um encontro muito rico e importante. A gente espera que a Conexsus possa continuar contribuindo mais ainda porque a gente é carente de conhecimento, isso é fato”.
De acordo com Sander, o encontro fortaleceu as organizações, abrindo novos horizontes a partir da formação “O Marajó é diferenciado. Em seus aspectos ambientais, econômicos e culturais. Saímos do encontro abastecidos de conhecimento de como gerenciar o empreendimento, como buscar parcerias. Hoje nós sabemos quem nós somos, conseguimos identificar nossos problemas e aprendemos a buscar parcerias externas para nos auxiliar na solução das dificuldades que enfrentamos. Hoje a gente já tem uma noção mais avançada do que é o empreendimento, como trabalhar para esse empreendimento dê certo, graças ao auxílio da Conexsus”, conclui.
