Dois anos do Projeto Conexão Ecoforte: impulsionando negócios comunitários para manter a floresta em pé na Amazônia

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Iniciativa da Conexsus, com apoio da Fundação Banco do Brasil e BNDES, beneficia 27 organizações no Pará e Amazonas, promovendo desenvolvimento sustentável e fortalecimento de cadeias produtivas locais  

Em setembro de 2022, foi iniciado o projeto “Conexão Ecoforte e Ecossistemas Locais”, liderado pela Conexsus, com o apoio da Fundação Banco do Brasil (Fundação BB) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A iniciativa tem como objetivo ativar ecossistemas de negócios comunitários em territórios prioritários da Amazônia, fortalecendo cadeias produtivas sustentáveis e gerando impacto positivo na conservação dos biomas e na geração de renda.  

Ao todo, 27 negócios comunitários de impacto socioambiental foram contemplados, distribuídos nos estados do Pará (Baixo Tapajós) e Amazonas (Médio Juruá e Baixo Juruá). Entre as ações do projeto, destaca-se o edital competitivo do Fundo de Oportunidades (FOP), que disponibilizou até R$18 mil em investimentos para 12 organizações em 2024, mobilizando aproximadamente R$175 mil em bens e serviços para o melhor desempenho e resultado econômico das cooperativas e associações.  

Cases de sucesso

Os recursos permitiram a aquisição de equipamentos como despolpadeiras e seladoras a vácuo, além de serviços de marketing e estruturação de marcas, ampliando a visibilidade e competitividade das associações e cooperativas. “O FOP viabilizou atender demandas importantes para o beneficiamento de produtos. No Baixo Tapajós, por exemplo, a Associação Flores do Campo conseguiu otimizar a produção de alimentos para entrega ao programa de alimentação escolar”, destacou Rúbia, ativadora de crédito do projeto.  

No Baixo Amazonas, a Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (AMARU) utilizou os recursos para consolidar sua marca coletiva de oleaginosas, “Óleo Vivo – Extrativismo no Médio Juruá”, valorizando a origem e a sustentabilidade do produto. “Isso fortalece nossa presença no mercado e incentiva o trabalho com bases sustentáveis”, afirmou Amanda Leal, ativadora de negócios no Amazonas.  

Os benefícios do projeto também foram sentidos pelas organizações locais. Antônia, representante da Cooperativa da Agricultura Familiar de Mojuí dos Campos (COOFAM), explicou: “Fomos beneficiados com assessoria técnica e equipamentos para melhorar a seleção e embalagem de alimentos destinados ao mercado institucional. Isso garantiu qualidade e aumentou a credibilidade da cooperativa no mercado”.  

Sileuza, presidente da Associação de Mulheres Flores do Campo, destacou a importância do projeto para superar desafios logísticos e financeiros da região: “A chegada de equipamentos veio em um momento crucial, fortalecendo tanto a produção quanto a economia das mulheres. Esse apoio nos trouxe organização e condições de atender chamadas públicas, como a do PNAE”.  

José Vianey, da Cooperativa de Pescadores e Produtores Rurais da Região do Urucurituba (COOPRUVAS), compartilhou os avanços alcançados: “Adquirimos uma seladora e mesas de inox, fundamentais para embalar nossos produtos a vácuo. Além disso, trabalhamos na criação da nossa marca, o que é um grande avanço para identificar e valorizar nossos produtos no mercado”.  

Além do impacto econômico, o projeto promoveu aprendizado e conexões. Jair, representante da Associação Comunitária de Trabalhadores Rurais do Chibé, enfatizou que ainda há muito a ser feito, mas destacou os avanços: “O curso com especialistas nos mostrou que temos pontos para melhorar, mas já avançamos muito com os equipamentos e seladoras para os produtos da mandioca e do açaí”.  

Outro resultado positivo foi o de registro de marca dos negócios. José Lima, colaborador da Associação dos Moradores Agroextrativista da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (Amaru), que atua na cadeia dos óleos vegetais na região do Médio Juruá, destacou a importância dessa conquista: “Esse registro garante a segurança e proteção de nossa marca no mercado, além de conquistar clientes, fornecer mais produtos e melhorar a qualidade de vida de nossos extrativistas”. 

Antônio Marcos, presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Juruá (ASTRUJ) conta que o desenvolvimento de uma marca também influencia no alcance dos produtos da associação: “Por meio das mídias digitais, a marca vai começar a ser vista por outros parceiros, organizações e mercados que a gente almeja alcançar”. 

Com iniciativas como estas, o projeto reafirma a importância de investir em negócios comunitários para promover uma economia sustentável, garantindo a conservação da floresta e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades amazônicas.

Conheça os canais de comunicação dos negócios comunitários impactados pelo Projeto:

ACESD

ASAFAB 

ASPAC

ATAE

ASTREC

ASTRUJ

COOFAM 

COOPBOA 

COOPRUVAS

TURIARTE