O cacau fino é valorizado pela indústria de chocolates de alta qualidade e pode chegar a custar o dobro do comum
Produtores aprendem sobre a pré-classificação das amêndoas em atividade da oficina de capacitação
A cidade de Altamira, na região do Vale do Xingu, no Pará, recebeu no fim de setembro (25 a 29/09) uma capacitação da Conexsus voltada para multiplicadores(as) de boas práticas de amêndoas de cacau fino.
Este tipo de cacau conserva aromas e sabores especiais e é valorizado pela indústria de chocolates de alta qualidade, podendo chegar a custar o dobro do cacau comum, conhecido no mercado como bulk.
A iniciativa reuniu 20 produtores(as) – entre eles 3 ativadores(as) da Rede de Ativadores de Crédito Socioambiental da Conexsus (CrediAmbiental) – de 5 cooperativas (4 da Amazônia e 1 da Mata Atlântica baiana).
Em atividade de campo, produtores conhecem de perto a fábrica da Abelha Cacau – a primeira fábrica de chocolate do município
“A capacitação já era uma demanda dos produtores da Transamazônica”, afirma Irilene Vale, do núcleo de Inteligência de Mercado da Conexsus. Segundo ela, os produtores viram no cacau fino “uma oportunidade para agregar valor às amêndoas comercializadas hoje sem características diferenciadas (bulk)”.
Em cinco dias de programação intensa, a oficina contou com atividades teóricas em torno da cadeia do cacau (painéis sobre manejo, desafios da qualidade, relações trabalhistas e de gênero e etc.) e práticas, com visita ao Sítio e à Fábrica da Abelha Cacau – empresa criada durante a pandemia e que resultou na primeira fábrica de chocolate do município.
Participaram da oficina a Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (COOPATRANS), a Cooperativa dos Produtores de Cacau e Desenvolvimento Agrícola da Amazônia (COOPERCAU), a Cooperativa Alternativa Mista de Pequenos Produtores do Alto Xingu (CAMPPAX), a Cooperativa de Produtos de Cacau Orgânico (COOPCAU) e a Cooperativa Agropecuária do Baixo Sul da Bahia (COOPGEAF).
Dê o play no vídeo abaixo e confira como foi a programação da oficina de capacitação:
A oficina foi realizada com o apoio do Laboratório de Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID LAB) e em parceria com as consultorias ERS e PRESTEC, a associação Bean to Bar Brasil e a Fundação Solidaridad.
