Em Brasília (DF), Conexsus participa do maior evento de política, cultura e meio ambiente do Cerrado

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Em sua décima edição, o Encontro e Feira dos Povos do Cerrado trouxe o tema ‘Conexões de Povos, Culturas e Biomas’

A riqueza e a diversidade do Cerrado vão muito além de suas paisagens, e se misturam às histórias de quem luta para preservar o bioma. Com o tema ‘Conexões de Povos, Culturas e Biomas’, a 10ª edição do Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, maior evento de política, cultura e meio ambiente do bioma, aconteceu em Brasília (DF), entre os dias 13 e 16 de setembro.

Vista panorâmica do 10º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, realizado na Torre de TV, no centro de Brasília

Realizado desde 2001, o evento é um espaço de troca de experiências e articulação em defesa da savana brasileira, a mais biodiversa do mundo, e dos seus povos. A 10ª edição representou um momento de intensa mobilização e integração entre diversos setores da sociedade.

“Além de ser uma grande festa, com programação cultural rica e diversificada, o Encontro é uma ocasião importante de articulação política, por meio da incidência em políticas públicas e da construção de redes para a comercialização dos produtos da sociobiodiversidade”, destaca a Rede Cerrado, organizadora do evento.

Grupo participa do encontro do Grupo de Trabalho do Baru, iniciativa da Conexsus em parceria com WWF-Brasil e IEB (Crédito: Kolbe Soares – WWF-Brasil)

Ao longo de quatro dias de programação, foram realizados oficinas, debates e mesas redondas sobre políticas públicas, mudança do clima, medicinas tradicionais, autodefinição e autodemarcação de povos e comunidades tradicionais, filantropia comunitária entre outros temas.

A Conexsus esteve presente no encontro e promoveu conexões a partir de duas oficinas realizadas na tenda Baru. A primeira, nos dias 14 e 15 de setembro, na oficina ‘Sociobio Cerrado (Baru, Babaçu e Pequi)’, realizada pelo Observatório das Economias da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio), coletivo da qual a organização é integrante.

Destaque para a participação de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sec. Moisés Savian), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (Coord. Márcia Muchagata), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sec. Carina Pimenta) e Companhia Nacional de Abastecimento (Dir. Silvio Porto).

E a segunda, no dia 16 de setembro, para encontro do Grupo de Trabalho do Baru, iniciativa em parceria com WWF-Brasil e IEB, que reúne diversos atores envolvidos nessa cadeia extrativista – incluindo organizações comunitárias, universidades, ongs e empresas. O GT Baru já realizou dez oficinas, envolvendo mais de 284 participantes.

“A Conexsus sabe da importância da conservação do Cerrado para o enfrentamento das mudanças climáticas, para a promoção da qualidade de vida e manutenção dos modos de vida dos povos do Cerrado. Por isso, a instituição vem buscando promover e participar cada vez mais de iniciativas de desenvolvimento de negócios comunitários de impacto socioambiental que trabalhem com produtos e serviços da sociobiodiversidade do bioma”, afirma André Ramos, coordenador de projetos da Conexsus nos biomas Cerrado e Caatinga.

“Foi uma grande oportunidade e satisfação participar deste encontro. Participamos na organização de algumas oficinas, junto de parceiros da organização, em que diálogos, articulações e processos de co-construção importantes foram estabelecidos entre extrativistas, quilombolas, agricultores familiares, associações, cooperativas, entidades de apoio e governo”, avalia.

Participantes da oficina ‘Sociobio Cerrado (Baru, Babaçu e Pequi)’, realizada pelo coletivo ÓSocioBio, posam em frente à fonte da Torre de TV

Sobre a Rede Cerrado

A Rede Cerrado foi criada em 1992, por ocasião da assinatura do Tratado dos Cerrados durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), com o objetivo de articular esforços conjuntos de organizações não governamentais para o enfrentamento dos problemas socioambientais que afetam o Bioma.

Em defesa da conservação do Cerrado e de seus povos e comunidades, a rede é composta por mais de 50 entidades da sociedade civil associadas, além de congregar mais de 300 organizações que se identificam com a causa socioambiental do bioma.