Amazônia em Conexões: Com mapeamento de negócios, Conexsus inicia projeto para destravar os ecossistemas do bioma

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Entre os meses de maio e junho, 4 oficinas foram realizadas em 5 territórios-chave da região, para entender as principais características desses negócios e suas parcerias locais

Como parte de um amplo esforço de mapeamento de ecossistemas de negócios na região Amazônica, a Conexsus realizou entre os meses de maio e junho quatro oficinas com foco em mapear parceiros, prestadores de serviço e soluções acessadas pelos negócios comunitários de cinco territórios-chave da região: Ilha do Marajó (PA), Médio e Baixo Juruá (AM), Baixo Tocantins (PA) e Baixo Tapajós (PA).

Os encontros foram promovidos pela iniciativa ‘Amazônia em Conexões’, cujo objetivo é mobilizar negócios comunitários e uma série de atores locais e regionais para o desenho e proposição de soluções que contribuam para a ativação dos ecossistemas regionais de negócios.

Negócios comunitários do Baixo Tapajós (PA) participam da oficina de mapeamento do projeto Amazônia em Conexões, realizada em Santarém, entre 20 e 21 de junho.

“Os negócios comunitários necessitam de um ambiente habilitador em termos de serviços e soluções diversas, conectadas às suas demandas, gargalos e oportunidades de desenvolvimento. Isso implica em um ecossistema de negócios vibrante e plural, com atores e parcerias direcionadas a atender e se relacionar com cooperativas e associações”, destaca Pedro Frizo, Líder de Negócios Comunitários e Ecossistemas Regionais. 

“Neste sentido, o objetivo da iniciativa é capturar quais as demandas que os negócios comunitários apresentam em termos de serviços e parcerias do ecossistema, buscando, a partir desta captura, conduzir processos locais de ideação e futura implementação compartilhada de algumas destas soluções”, complementa.

Em cada território, a programação das oficinas foi pensada em torno de 2 dias de atividades, onde os participantes puderam refletir em conjunto sobre os desafios das organizações, o papel da intercooperação e mapear sua rede de parcerias. Ao todo, 48 negócios comunitários foram engajados pelas oficinas, e mais de 160 parceiros e prestadores de serviço foram mapeados com a sua ajuda.

“A oficina foi importante para reconectar as organizações do território, que estavam trabalhando de maneira dispersa fazia algum tempo, e nos fez pensar juntos sobre a nossa realidade e os nossos desafios comuns”, afirma Givanildo de Jesus, presidente da Cooperativa Agrícola dos Empreendedores Populares de Igarapé-Miri (Caepim), do Baixo Tocantins.

Representantes de negócios comunitários do Baixo Tocantins (PA) participam de dinâmica da oficina de mapeamento realizada em Cametá, entre 24 e 25 de maio.

Foi nesse mesmo território – o do Baixo Tocantins – que o projeto já começou, inclusive, a dar frutos, com uma articulação independente entre organizações para a discussão de estratégias e construção de parcerias.

“A partir da oficina, retomamos o diálogo entre as cooperativas da região, a partir de novas rodadas de conversa sobre estratégia de produção e precificação, e estamos reforçando a atuação em rede para o fortalecimento das organizações e do território”, celebra Tiago de Abreu, Gerente da Cooperativa de Fruticultores de Abaetetuba (Cofruta), umas das organizações a se articular. 

Uma segunda rodada de oficinas, a ser realizada no último trimestre do ano, irá agora – de forma complementar – identificar e desenvolver, em conjunto com parceiros e diversas entidades locais e regionais, soluções de médio e longo prazo que contribuam para a ativação dos ecossistemas mapeados.

O projeto é realizado em parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, em inglês) e a Plataforma Parceiros Pela Amazônia (PPA). E conta com o suporte da Aliança Bioversity & CIAT e da Iniciativa Internacional Norueguesa para o Clima e Florestas (NICFI, em inglês).

Além de apoiar no mapeamento, ideação e concepção de soluções que contribuam para ativar os ecossistemas regionais de negócios da Amazônia, a cooperação – que tem duração de 3 anos – desenvolverá ainda 100 negócios comunitários de impacto socioambiental na região, através de soluções direcionadas à qualificação da sua gestão e capitalização, por meio do Programa de Assessoria da Conexsus.

“Um dos principais desafios para proteger a Amazônia e conservar a biodiversidade é fomentar alternativas econômicas sustentáveis para os 28 milhões de brasileiros que vivem na floresta. Acreditamos que um dos melhores caminhos para a conservação é trabalhar com o setor privado e promover o empreendedorismo. Iniciativas como essa com a Conexsus ajudam a criar as bases para que esses negócios se desenvolvam”, afirma Ted Gehr, diretor da USAID/Brasil.

A iniciativa conta ainda com o apoio da Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC), do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), da Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), do Memorial Chico Mendes (MCM) e do Projeto Saúde & Alegria (PSA).