Em Rondônia, Conexsus visita cooperativa Coopervekala do povo Gavião

Voltar para Notícias

A visita teve como objetivo avaliar a elegibilidade da cooperativa ao Programa de Assessoria a Negócios Comunitários da Conexsus

No começo de agosto, a Conexsus esteve na Aldeia Cacoal, na Terra Indígena (TI) Igarapé Lourdes, a cerca de 60 km de Ji-Paraná (RO), para uma visita à Coopervekala – Cooperativa de Produção e Extrativismo Sustentável da Floresta Indígena Vekala Igarapé Lourdes.

Assessoras da Conexsus (ao centro) na Aldeia Cacoal, a cerca de 60 km de Ji-Paraná (RO), em visita à Coopervekala

A visita teve como objetivo conhecer presencialmente a cooperativa, e sua base social, reunindo subsídios para avaliar a sua elegibilidade ao Programa de Assessoria a Negócios Comunitários, iniciativa do Instituto que reúne ações de assessoria individualizada às organizações que visam acessar financiamentos pela Plataforma de Finanças da Conexsus.

Localizada na divisa entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, a cooperativa – do povo Gavião – se dedica à produção de castanha, açaí, borracha, artesanatos e sementes florestais. A coleta anual de castanhas chega a 150 toneladas, e a produção de açaí também é bastante expressiva.

“Ela [a Coopervekala] nasceu da preocupação com a vulnerabilidade do amplo território de aproximadamente 200 mil hectares à exploração predatória, inclusive, por não indígenas, e da necessidade de entender o potencial do uso múltiplo da floresta coletivamente, gerando renda às famílias”, explica Luciana Marcolino, uma das assessoras de negócios comunitários da Conexsus que esteve na cooperativa.

Conexsus e Coopervekala socializam conhecimentos sobre o programa de assessoria e os avanços na pauta do PNAE nas escolas indígenas

Ao longo de um dia inteiro de atividades, as assessoras da Conexsus se reuniram com a diretoria da cooperativa e com a comunidade, onde apresentaram a organização e o Programa de Assessoria, assim como falaram sobre os avanços na alimentação escolar indígena a partir da Comissão de Alimentos de Povos Tradicionais (Catrapovos) e a participação de órgãos garantidores de direitos, como o Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público (MP). 

“Segundo a cooperativa, não existe hoje comercialização de produtos locais, pelos indígenas, nas escolas da TI”, pontua Luciana.

A organização Forest Trends participou da agenda de forma colaborativa, representada pelo técnico Leonardo Amaral, que acompanha a Coopervekala.

O Programa de Assessoria a Negócios Comunitários, do qual a visita faz parte, conta com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, em inglês), da Plataforma Parceiros Pela Amazônia (PPA), da Aliança Clima e Uso da Terra (CLUA, em inglês), do Fundo JBS pela Amazônia e do Fundo Vale.